sábado, outubro 29, 2005

solidão



na solidão
o desamparo
o infinito
o gume da incompletude
a perfeição de não ter limites
a fatalidade
e a escolha amorosa do que é mais
e a vibração
sentida ou não
trespassa a ilusão que faz mundo
dá a ver o que não é luz
no seio revolto da matéria
e os dias nunca são iguais
e as horas são fatias de perenidade
não fazer cortes
é o segredo
tudo tem na secreta alvorada de vir
a força plena de criar e criar e criar
espaços sem fronteiras de não poder ir além
na solidão o gume
o lume da consumação dos mundos
trespassa as camadas das negações que somos

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