Tudo o que vem à tona dos dias pode ser um apelo. A nossa atenção por vezes está presa a outros afloramentos da vida, muitas vezes a ilusões e a coisas que já passaram. Por isso não reparamos no que nos é dito. Parar, escutar e olhar: o lema válido para todas as "passagens de nível".
sábado, outubro 29, 2005
além...
o mar
no céu
abóbada de luz e bruma
as coisas acesas no estarem a ser
dentro e fora
combinados
na emanação do um que não é
e há viagens rumo ao para lá dos desejos
e as serpentes que habitam o coração das ervas
prometem a alba do sangue argênteo dos vagabundos do acaso
e nada será o que já foi
tudo na onda do ir ao fundo e deixar o que não é
se renova
e os teus olhos serão
um candelabro
e das tuas mãos a água pura
de depois das flores
trará a frescura e a promessa do que não foi
ao longe
tudo parece igual
e no verde dos campos
parecem repetir-se os ciclos da natureza que já foi
e o que é novo
traz as vestes da noite de sermos só nós
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário