Tudo o que vem à tona dos dias pode ser um apelo. A nossa atenção por vezes está presa a outros afloramentos da vida, muitas vezes a ilusões e a coisas que já passaram. Por isso não reparamos no que nos é dito. Parar, escutar e olhar: o lema válido para todas as "passagens de nível".
sexta-feira, outubro 21, 2005
início de jornada
E é o começo!
Não digo "duma aventura", porque a vida deve ser aventureira ela toda (de facto é-o mesmo quando não o sabemos). Mas é um começo.
No fundo, lá bem no fundo, nada "começa". Isto em rigor.
Quando recebemos a vida, já temos escrita bem dentro das nossas células. E há outros que já cá estão, outros que cá estiveram, connosco, sem nós...
E outros virão, sem nós ou connosco.
Mas o "nós" aqui particulariza um ego, a querer tornar-se "majestático". Ora, a única "coisa" não aventurina nesta vida, porque começa e acaba muitas vezes e, sempre, se quer alimentar do que em nós poderia nutrir os outros, é uma espécie de vaca sagrada que não faz mú: o ego, precisamente. Por isso por aqui, neste blogue que se "começa", não quero fazer qualquer tipo de auto-afirmação. Afirmar só o que é afirmável, negar só o que é negável.
E pretendo dar "luta", não para "me" afirmar, mas para dignificar a vida.
Primeiro, coisas de que sou contra:
O fascismo e todas as formas de discriminação.
Tudo o que nega o carácter sagrado (mais-que-importante) da vida, em mim e em todos os seres vivos.
A estupidez e a mediocridade.
O "resto" é para ser afirmado.
E afirmar é agradecer.
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